quarta-feira, setembro 20, 2006

AS DIFICULDADES DE VENDA DA ALDEIA DOS CAPUCHOS


Entre notícias referentes ao Interesse Nacional da nova Aldeia dos Capuchos, descobri algo de0 que já à muito suspeitava tendo em conta a conjuntura difícil no mercado imobiliário, inclusive nas suas gamas mais elevadas.

Com efeito, o Vereador da CM Almada António Matos descoseu-se e admitiu que o empreendimento “está condicionado pela venda de casas”, que “não tem sido a esperada”. O Promotor do projecto veio a terreiro emendar e dizer que tudo corria às mil maravilhas, discorrendo a k7 habitual da importância do projecto por ser um marco para o Concelho, reconhecimento público da qualidade do mesmo, honra para o município, baixa densidade, vista para o mar, etc. De acessibilidades não fala ele..

Mas vamos aos números. O metro quadrado dos fogos custa em média 2500€. Assim sendo, um fogo com 100m2 custará a módica quantia de 50.000 contos; E com 200m2, 100.000 ! Não são assim de espantar as dificuldades para vender este elefante branco, construído numa vertente sedimentar onde nunca seria razoável urbanizar, muito menos com esta "baixa" densidade (baixa, tendo por comparação Manhattan ou o centro de Tóquio).

Espantosa é a afirmação do promotor, ao indicar que não avança prazos para a conclusão dos empreendimentos, uma vez que “as condições do mercado irão acelerar ou travar a sua conclusão”. Quem ali comprou uma casa deve estar decerto de cabelos em pé. O facto é que existem demasiados fogos no mercado da Grande Lisboa e, se depender disto, teremos nos Capuchos o que actualmente se assiste em Santo António - novas urbanizações sem comprador.

Ficaremos à espera então que as 3000 pessoas esperadas no Aldeamento se disponham a abrir os cordões à bolsa e encher de felicidade a empresa Cantial (responsável pelo projecto) e salvar a face à Câmara Municipal de Almada, tão orgulhosa que está deste PIN. Ou então, que tenhamos muito menos habitantes e se reformule o projecto, adequando-o à realidade do sítio com uma densidade apropriada.

16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sei que este aldeamento não tem tido vendas nenhumas - aliás, só precisa de passar por lá, tanto de dia, como de noite, para poder verificar, que os apartamentos estão completamente vazios...uma verdadeira desgraça, para quem fazia daquilo "Uma cidade"...

2:34 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caros Interessados,

Este mal ( Aldeia dos Capuchos)está infelizmente ( a meu ver)feito. Não existe justificação alguma para serem construídos apartamentos em tanta quantidade e tão em cima da estrada que quase se pode entrar pela janela.
Parece bem que não desejando mal nenhum aos proprietários se boicote a compra e não se alinhe num transformar a Costa da Caparica numa Almada. Vamos dar mais valor à qualidade de vida e a preservação ambiental.
Já alguem contou o n.º de carros que vai ter tal empreendimento e as estradas, trãnsito, acessos, poluíção, etc. que tem como consequência.
Que será das culturas da zona de Protecção da Arriba quando para levar toda esta população à praia for feita uma via rápida.
O pior está para vir... O projecto para a Quinta do Robalo. Em plena àrea de Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica que é outra megalomania de cimento, infelizmente apoiada também pelo Instituto de NÃO CONSERVAÇÃO da Natureza.

12:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olhando à conjuntura económica do país e ao seu fraco crescimento, acrescido da maior taxa de desemprego dos últimos vinte anos, não admira mesmo nada que as vendas não cresçam... Agora digamos, abona da verdade, que o sítio é de facto maravilhoso. E o resto? As infra-estruturas adequadas? Com um empreendimento de qualidade tão apregoada fica aquém das expectativas... As construções até são bastante razoáveis olhando ao fraca qualidade de urbanismo no concelho, em que a qualidade é praticamente nula, mas, mesmo assim, um T3 custar cerca de 350.000,00€ é uma barbaridade... Não falando na especulação imobiliária fomentada pela própria autarquia que se diz comunista, é mesmo para rir. Agora e só aguardar para ver o resultado final, ou se é mais um empreendimento votado ao abandono, como muitos existentes pelo país fora.

7:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sobre os comentários anteriores só posso fazer um comentário: INVEJA! Todos gostariam de ter lá uma casita, mas esperavam que os preços fossem idênticos aos das redondezas, azar, a diferença também se faz pelo preço, daí estes senhores não terem lá lugar!
De facto só é pena que sejam tão caros, porque o projecto, a localização - as fantásticas vistas - maravilham qualquer um. É também de lamentar que o ideal comunista não permita condomínios fechados, porque este empreendimento assim seria um sucesso e os preços seriam aceitáveis. É que a vizinhança não oferece confiança, nem os curiosos que lá passam para se sentirem felizes enquanto o empreendimento não estiver todo vendido...
Parabéns pela belíssima arquitectura!

1:12 da manhã  
Blogger GNB said...

Lamento, mas tenho que discordar com os comentários iniciais. Julgo que este empreendimento, em tudo favorece a região “injectando” e fomentando todo o mercado comercial. Mas concordo que o preço seja elevado para a maioria do trabalhador comum e a zona circundante (arredores) em nada favorece o empreendimento. É normal que um indivíduo que ganhe mensalmente 500€, ache muito pagar por um T2 ou T3 mais de 200 mil euros, mas um indivíduo que ganhe mensalmente mais de 5 mil euros pode achar normal. Estamos a falar de um empreendimento que pode reter o fluxo da classe média da margem sul para a Lisboa. Mesmo assim muitos são aqueles não verificam os benefícios e potencialidades. Preferem proteger em vez de cuidar, pois caso ninguém faça nada, serão eles a cuidar e proteger...., duvido. Vivemos num país que opta pela critica negativa, com visão horizontal limitada sem apresentação / construção de ideias válidas e integradores na actual comunidade. Aproveito para informar, que moro na Aldeia dos Capuchos e estou satisfeito e a construção está muito longe do praticável no actual concelho. GB

12:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tambem tenho de discordar com os comentarios iniciais. A Aldeia dos Capuchos 'e um projecto muito interessante e pouco acessivel a algumas carteiras. Comprei um apartamento aqui, com 3 assoalhadas. Adoro as vistas da minha janela, adoro ver o mar. Pena 'e que nao possa ca estar o ano inteiro pois estou a tirar o mestrado no estrangeiro. Mas parabens pelo projecto ALDEIA DOS CAPUCHOS!!!!!

4:17 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Começo por sublinhar tal como os últimos comentários anteriores ao meu que vivemos sem dúvida num país que vive essencialmente de crítica e de muito pouca atitude.
Considero a actual estagnação do progresso económico do país consequência dessa eterna passividade.
O nosso país está em crise e há anos que a situação só se agrava pela mesma razão.
Haja alguém que marque a diferença, e quando assim o é que o faça com a maior qualidade possível.
O nosso país só poderá sobressair ao explorar a nossa costa na sua totalidade, não é limitarmo-nos a um algarve que sozinho pode correr o risco de se tornar insuficiente.
a nossa Costa da Caparica é dos maiores potenciais do país mais mal aproveitados a TODOS os níveis, principalmente urbano [não tem ponta por onde se lhe pegue], hoteleiro [só tem instalações de baixo-médio nível e o Hotel da Costa q podía ser bem explorado tem uma organização do pior!!] e higiénico [pois procura-se q as praias estejam limpas, mas nem as praias e muito menos a cidade em si!].
A Aldeia dos Capuchos é o primeiro passo para por os projectos POLIS e derivados a funcionar por ser mesmo representativo de um turismo de alto nível.
Posso estar muito enganado, mas o grupo Meliã não tem fama de se envolver em projectos à toa e sem boas perspectivas futuras.
A construção é sem dúvida da melhor do país [quanto mais da margem sul!], a sua localização é muito inteligente [porque se esconde do caos que é a costa e usufrui do q ela tem de melhor, a vista] e é a atitude de iniciação de restruturação da Costa da Caparica.

Louvem e deixem-se de caprichos.

Quem investiu neste projecto conhece e percebe Portugal.

11:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Efectivamente é muito fácil de criticar bem como defender, "com unhas e dentes", o nosso investimento, tal como comentários anteriores. Mas a realidade está aí e não se pode escamotear. Vamos esperar pela conclusão do projecto. Nem que seja daqui a 20 anos.

1:15 da tarde  
Blogger deonplayground said...

Acabei de chegar de um passeio pela zona, fui ao miradouro e aproveitei desci um bocado e fui conhecer os blocos de apartamentos.
A arquitectura é simplesmente espectacular, com uns acabamentos exteriores como nunca antes se viu na Margem Sul e a que estamos habituados apenas a ver na zona do Parque das Nações. Os espaços envolventes não foram esquecidos e estão acima de qualquer intervenção municipal. A 'embalagem' está muito bem feita e enquadrada mas notei um vazio, que também reparo cada vez que passo pela zona de habitação do Parque das Nações. Uma qualidade acima da média e sem compradores?! Vai contra tudo aquilo que se practica em Portugal nos ultimos tempos. O que se passa para que a esta hora não estejam todos os apartamentos ocupados?
Eu adoraria ter um apartamento naquela zona, é um espaço tranquilo, com óptimas vistas (depende do apartamento que comprar...) e onde se respira qualidade de vida.

7:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

o MEU COMENTARIO VAI PARA O SRº J. GONSALVES O SR NÃO SABE O QUE DIZ QUANDO DIZ QUE A VIZINHANÇA NÃO É DE CONFIANÇA, PELO CONTRARIO EU MORO NA ALDEIA DOS CAPUCHOS A 38 ANOS E NUNCA EXITIRAM ASSALTOS LA E POSSO-LHE ADIANTAR QUE O PROJECTO DA ALDEIA NÃO ME AQUECE NEM ARREFECE O QUE EU LAMENTO É TER UMA MORADIA DESVIADA DA ARRIBA 1 kM E NÃO CONSEGUIR QUE A CAMARA DE ALMADA URBANIZE A MINHA ZONA E TENHA DADO URBANIZAÇÃO AOS TERRENOS ONDE HOJE ESTA IMPLANTADA A ALDEIA DOS CAPUCHOS QUE NÃO DEIXA DE SER UM FIASCO É EVIDENTE QUE A URBANIZAÇÃO É LINDISSIMA MAS NÃO TEMOS INFRAESTRUTURAS PARA TER UM EMPREENDIMENTO DAQUELES QUANDO OS LOCAIS A VOLTA ESTÃO MINADOS DE IMIGRANTES NEGROS BRAZILEIROS O PONTO MAIS PERTO E ATRATIVO É LISBOA COMO TAL INVESTIR POR INVESTIR INVESTE-SE ONDE HAJA INFRAESTRUTURAS

7:51 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gosto da zona, os andares são agradaveis.
mas. . . . . .
conhecem a CANTIAL?

1:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ao contrário do que diz o projecto no geral é muito interessante.
Basta darmos uma volta pelo concelho de Almada para vermos a vergonha que é a construção neste concelho, tudo ao molho e fé em Deus.
Empreendimentos destes podem servir para valorizar o concelho, que nunca deixou de ser o parente pobre de Lisboa.
Vale pelas praias e mesmo essas, muitas estão ameaçadas.
Deveriamos era perguntar a Camara o que está a fazer para devolver os extensos areais a todos.

1:14 da tarde  
Blogger Unknown said...

bom dia gostaria de saber com quem falar para uma eventual compra

11:45 da manhã  
Blogger Unknown said...

bom dia gostaria de saber com quem falar para uma eventual compra

11:47 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

O amigo e os estrangeiros brasileiros negros ou quer quem seja também não são gente e não têm dinheiro para comprar, por acaso até sei uma vivenda dessas acabada de fazer que são estrangeiros que compraram

12:56 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

E a vivenda toda partida e vandalizada que já estão lá ciganos metidos a morar, não tem dono?

12:58 da manhã  

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