CLIMA - UMA VANTAGEM COMPETITIVA
Dias como o de hoje lembram-nos o Verão. Estamos em meados de Outubro, a temperatura quase chegou aos 30 graus e o céu sempre limpo. Apesar de não ser uma situação normal para esta altura do ano, também não o é anormal.
Numa prespectiva mais técnica e "climática", podemos afirmar que as regiões de clima mediterrânico - onde se inclui a Costa e grande parte de Portugal Continental - combinam Verões quentes e secos com Invernos frios e relativamente chuvosos. A precipitação ocorre sobretudo nos meses mais frios, embora seja por vezes intensa nas estações intermédias - Outouno e Primavera. Pelo contrário, na maioria dos restantes climas a época mais chuvosa corresponde normalmente à estação mais quente.
A partir desta sucinta explicação, podemos explicar uma das razões pela qual milhões de turistas procuram anulamente o Sul da Europa e Portugal - a procura de sol e calor.
Incluída nos destinos turísticos da Grande Lisboa, a Costa de Caparica apresenta-se com um potencial ainda mais exacerbado em termos climáticos. Passo a explicar.
Ao longo dos anos tenho reparado num fenómeno bastante interessante, onde simultaneamente o estado do tempo é nublado/chuvoso em Almada e Lisboa e solarengo na Costa de Caparica. Nem sempre tal acontece, mas muitas vezes acontece. Não tendo acesso a dados precisos que sustentem esta argumentação, posso apresentar uma explicação para o facto.
A Costa está sensivelmente ao nível do Mar, ou seja, a muito baixa altitude, e encontra-se rodeada a Este pela Arriba Fóssil que, apesar de modesta em altitude, não é negligenciável em termos meteorológicos. Por outro lado, a Serra de Sintra forma uma barreira contra as massas de ar vindas de Norte e que de outra forma chegariam mais húmidas e de forma mais célere à Costa. Queria frisar que não tenho sustentação científica para o afirmar, mas creio que a Costa apresenta uma situação climática e geográfica ligeiramente diferente da região que a rodeia, com mais horas de sol e temperatura mais amena.
Num Mundo cada vez mais competitivo, Portugal deve apostar cada vez mais na valorização das suas vantagens, entre as quais o clima. A Costa tem que potenciar os seus dois maiores pontos fortes: as praias e o clima. Existe um potencial imenso, e não há quem o saiba aproveitar.
P.S. - Por imperativos de tempo não pude ser tão assíduo na actualização do blog como gostaria, mas prometo inverter a situação a partir de hoje.
posted by Caparicano at 11:16 da tarde
5 Comments:
Existe ainda assim um senão, no que respeita à metereologia. Quando está vento em Almada, na Costa da Caparica está sempre um vendaval. Quando está muito calor em Almada, na Costa está sempre um pouco mais fresco. Ou seja, existe pelo menos uma agravante no que diz respeito ao vento e que prejudica a Costa em relação a outras localidades da margem sul.
A Costa é fantástica, ter uma capital e um aeroporto a menos de uma hora é único, a qualidade das praias, a qareia, o clima, o enquadramento paisagistico é unico e completado pelo estuário do Tejo, pela Arrábida... e o que é que se fez nos ultimos 30 anos? Suburbanizou-se na vertente negativa da questão, betonizou-se a esmo, sem critério...permitiu-se a construção clandestina e de veradeiras favelas terceiro mundistas... e desbaratou-se uma tal "vantagem competitiva" recebida de bandeja das anteriores gerações...como é que em trinta anos se destruiu uma obra de milhões de anos antes???
Penso que a situação da Costa da Caparica é um reflexo da falta de visão dos responsáveis políticos ao nível das autarquias. É inacreditavel como o turismo na Costa não só não se desenvolveu como tem inclusivamente perdido qualidade(e quantidade). O único crescimento da "cidade" tem sido em betão e o potencial da Costa como destino turistico tem ficado para segundo plano sendo que actualmente funciona mais como cidade-dormitório do que outra coisa. Mas tudo isto tem raíz na organização e no financiamento do poder local que é um assunto muito mais complexo...
Alto e pára o baile!!! Nuno Cavaco explica no www.a-sul.blogspot.com a proliferação de grandes superficies na Margem Sul , e claro que é culpa do "Poder Central" , Nuno Cavaco dixit:
"Bem sei que não lhes interessa uma resposta mas penso que agora deve ser dada. Em primeiro lugar este texto é digno de ser apresentado no Levanta-te e Ri. Mistura alhos com bogalhos e demonstra que quem o escreveu percebe tanto de licenciamentos de superfícies comerciais como do próprio P.C.P. A informação é poder mas as regras da nossa democracia são gerais e também se aplicam na Península de Setúbal. Vivemos num país em que as regras são feitas à medida e as autarquias de gestão comunista têm de as cumprir. Penso que percebem isto. As superfícies comerciais instalam-se nos concelhos não porque os concelhos a chamam mas, porque a lei permite. Mude-se a lei. Eu também concordo que deveriam de haver menos mas quem o pode fazer é o governo P.S.
O coorporativismo está a ser atacado por isto e nós não podemos fazer nada. Não podemos deixar de cumprir a lei, a democracia é isto. Ainda que não se esteja de acordo as coisas são assim.
Quanto ao moiteiro agradeço a referência mas agradecia que não me imputasse essa do arrefecimento global porque o que existe são arrefecimentos e aquecimentos regionais, pelo menos é o que está provado e comprovado. Mas também não é o que queria ouvir não é?"
6:48 PM
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