segunda-feira, janeiro 08, 2007

PS QUER ERRADICAR BARRACAS NA COSTA - SAIBA COMO !

As três décadas de poder autárquico comunista em Almada têm sido danosas para o Concelho e, em particular, para os interesses da Costa de Caparica. Maria Emília tem gerido a Câmara com mão de ferro e imposto uma ditadura do betão que praticamente não poupou nenhuma zona. Embora seja condenável a actuação comunista, atentem às declarações em Dezembro último do líder da oposição socialista na Costa em relação à favela por baixo da arriba fóssil, junto à via rápida, ou como o PS apelida - "o novo cancro social da Costa de Caparica".
“Todos os dias nascem barracas como cogumelos junto à Arriba Fóssil, em área protegida e em terrenos da Câmara Municipal de Almada”, denuncia Ricardo Martins, da oposição socialista da freguesia da Costa de Caparica. Trata-se de um “novo cancro social que está a ganhar dimensões dramáticas” e onde “cresce um mercado de droga que em breve poderá ser o maior da margem sul”.
Até aqui tudo bem.

São sobretudo africanos, mas também imigrantes do leste e muitos ilegais, que residem “sem qualquer tipo de condições e higiene” nestas “favelas das Terras do Lello e das Terras do Abreu”, do lado esquerdo da via rápida., frisa Ricardo Martins. Uma situação “sem solução à vista”, que se tem vindo a agravar “nos últimos dois anos” e que “não casa com a vocação turística que se pretende para a Costa”, garante Ruben Raposo, presidente da concelhia do PS de Almada.

Não poderia estar mais de acordo!

O problema, admite Ruben Raposo, deve-se à “permissividade e incapacidade de intervenção por parte da autarquia almadense”. Mas a Câmara de Almada garante que a intervenção em construções ilegais “faz parte do trabalho diário da fiscalização municipal e das forças policiais” e que o programa de realojamentos “tem vindo a ser executado e prossegue em 2007, abrangendo as situações recenseadas”.
Fiscalização ? Deve ser para rir..Mas passemos à frente.

Os socialistas pedem o “realojamento dos cidadãos que vivem nesse bairro, mas também que as autoridades reprimam as ilegalidades”. No entanto estão contra os 144 fogos previstos no âmbito do Polis para a Mata de Santo António, uma zona que querem apenas como “espaço de lazer”, admitindo também que esses fogos são “insuficientes para a dimensão do problema”, até porque existem outros bairros degradados, como o Bairro do Marcelino e o bairro cigano da Rua do Juncal, onde vivem centenas de famílias.
Insuficientes ? O dinheiro dos nossos impostos dá pra tudo. Só não dá para as nossas casas - i.e., para quem paga realmente com impostos. Agora atentem...

Propõem por isso a “urbanização da faixa de terreno que vai da via rápida à Ribeira da Foz do Rego, de acordo com o Plano Director Municipal”, onde se construiriam “edifícios de habitação social integrados num conjunto de outros edifícios a construir por privados”.

Em plena Paisagem Protegida, numa das pouquíssimas faixas de terreno minimamente salvaguardadas do betão e que se mantêm com predominância agrícola, os Srs Ricardo Martins e Ruben Raposo do PS pretende construír uma mega gueto para todos quantos caibam nas favelas improvisadas da Costa, a reboque da "construção privada" que nunca é demais para esta nossa classe política. Será que para o Sr. Dr. Ruben Raposo blocos de apartamentos em série casam com a tão propalada vocação turística da Costa ?
As declarações prestadas são do mais absurdo que tenho ouvido e é de arrepiar o facto de pessoas com esta linha de pensamento terem sido os principais candidatos da oposição nas últimas autárquicas em Almada e na Costa, respectivamente. Lamentável !

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Afinal o que querem para a Costa de Caparica?
Casas para todos onde?
Eu também quero uma!
É que já estou farto de estar a pagar contribuição autárquica depois de ter comprado a minha com muito sacrifício.
Se me puderem dar uma casa com vista para o mar tanto melhor. Garanto que pago a renda.
Em paisagem protegida não. Isso é uma grande chatice. Quero perto do mar,que é para ir a pé para a praia. Aqui também estou contra a oposição.
Vejam se se decidem onde fica a casa!

1:45 da manhã  
Blogger Ponto Verde said...

1) «muitos ilegais, que residem “sem qualquer tipo de condições e higiene”»

Se muitos são imigrantes ilegais, seria bom que as autoridades interviessem. Seria o que me aconteceria se qualquer um de nós estivesse ilegal nos países desses senhores, e não estaria certamente a exigir casa.

2) O problema da habitação passa por medidas de requalificação e reabilitacão das zonas mais antigas, mesmo da Costa, mas também de Almada, Trafaria, Monte da Caparica, Feijó, Laranjeiro, Seixal, Amora...onde há milhares de casas devolutas e prédios a caír, numa perfeita degradação e decadência.

Construir de raiz onde não há vocação para tal é um erro , é estarmos a criar mais guetos à imagem dos Picapaus-amarelos destes concelhos. Claro que é também um grande e chorudo negócio, será por isso que o defendem.

3:40 da tarde  
Blogger Papoila said...

Concordo com o Ponto Verde. Com tantos prédios devolutos, porque não apostar na reabilitação de forma a constituir uma rede de casas de habitação social? Seria mais eficaz do que criar os tais guetos, onde os problemas são inevitáveis.

8:09 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já agora também era uma aqui pa este lado... é que se eles que não fazem um corno para ser alguém, eu que faço tenho mais direitos que eles a ter casa, afinal são os impostos que eu pago que lhes controem as casa.

Continuamos nesta 'porca miséria'.

4:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

as terras neste momento é um antro de criminosos e referenciados pela policia que está a 200m, uma vergonha na minha terra, o que está a dar é viver numa barraca sem pagar impostos com uma puxada á edp e depois pedir uma casa nova para mais tarde alugar, quem mora aqui sabe a vergonha que por ali se encontra.

Caparicano

10:28 da tarde  

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