REFORÇO DAS DUNAS DESTRUÍDO EM SÃO JOÃO DA CAPARICA
O inevitável aconteceu. Talvez mais cedo que o previsto, o cordão dunar de São João da Caparica entrou novamente em ruptura após a destruição das obras de reforço efectuadas há sensivelmente três semanas.
Mais uma vez ficou patente a incompetência do INAG, entidade que projecta obras complicadíssimas em cima do joelho, num âmbito localizado e sem ter em conta o ambiente e dinâmica envolventes. Foram mais 300.000€ em remendos dunares, a juntar aos milhões entretanto já gastos em obras de protecção do litoral, e que poderiam eventualmente ter sido (bem) aplicados num estudo que de uma vez por todas clarifique e identifique quais os factores indutores do avanço do mar na Costa de Caparica e qual a sua importância. Só com um bom e detalhado diagnóstico se poderão eventualmente definir estratégias e acções concretas com vista à resoluçao desta séria ameaça.
Continua-se a tratar o território como se cada cidade, freguesia, vila ou lugar fosse uma ilha desligada de tudo o resto. Neste caso, a influência chega até às barragens espanholas do Tejo, primeiras retentoras de sedimentos que eventualmente e sem qualquer intereferência, chegariam naturalmente ao Estuário do Tejo e recarregariam as praias da Caparica.
Prevê-se que até ao Verão muitos milhares - quiçá milhões - sejam gastos em remendos e protecções inconsequentes que aguentem por uns tempos as investidas do mar. É um sério aviso para a milagrosa recarga artifical das praias - panaceia para todos os males - que tem data prevista de realização para Março do corrente ano.
5 Comments:
E lá se foram 300.000€ para o caixote do lixo.
Depois destes factos, é normal que se questione que algo foi mal pensado...E os responsáveis onde estão?
Há 31 anos que o concelho de Almada vem sendo mal pensado!
Os problemas de erosão na Caparica começaram nos anos 50 quando se destruiu o cordao dunar que ia até ao Bugio. Essa destruição foi causada pela extracção de areias para a construção do porto de Lisboa. Dessa altura para cá tem vindo a observar-se um recuo gradual da costa.
A solução para o problema passa pela restauração da situação natural, que estranhamente tem encontrado resistência por parte de ecologistas e da câmara de Almada.
e o projecto polis como fica?????
A MARIA EMILIA QUE VÁ DAR UMA VOLTA COM O TÓ NEVES E APANHAR LARANJAS!!!
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