segunda-feira, agosto 14, 2006

CAPARICA À BRASILEIRA 2


Relatos de vida de alguns caparicanos de nacionalidade brasileira...


Rone e Luísa Gomes, e os filhos Raoni e Raiene. Cantam na Igreja de Nossa Senhora da Conceição aos domingos. Rone, o primeiro a chegar, passou pela Caparica em 1998, em trânsito para a Alemanha. Não teve sorte. Regressou à Costa, sem dinheiro e trabalho. Passou por um restaurante, depois pela construção civil. A seguir às desilusões, veio a sorte. Hoje, Rone, também de Minas Gerais, já investiu no Brasil e tem casa própria em Portugal. E porque pode sonhar, ainda não pensa em voltar.


Jorginho, dono do bar Eléctrico, junto à Praia de Caparica, ponto de confluência de centenas de brasileiros, assim como de portugueses que foram imigrantes no Brasil. Jorginho também fez de tudo: «Vim para a Costa de Caparica através de um ‘coiote’, que me trouxe para cá. Vim para pedreiro, andei a vender cerveja Brahma na Praça de Espanha, morava na Torre das Argolas com mais 12 brasileiros». Foi há sete anos. «Hoje peso 84 quilos, na altura fiquei com 53. Passei fome». Trabalhou na messe de um edifício militar, fez trabalho braçal. Finalmente, «dei sorte». E assim nasceu o Eléctrico. Onde Jorginho é feliz.


Fabiana Sousa, empregada numa loja de roupas e artigos brasileiros de moda. O marido, também de Vitória de Espírito Santo, Minas Gerais, abriu caminho na Caparica para a sua chegada, há dois anos. Fabiana trabalhou num café, depois numa pastelaria, e a seguir numa gelataria.


Sandro «Bala», instrutor de jiu-jitsu, treinador de vale-tudo, um desporto de combate brasileiro que dá os primeiros passos em Portugal. Sandro dá aulas num ginásio por cima do quartel dos Bombeiros da Costa de Caparica, que na semana passada produziu uma campeã mundial de jiu-jitsu. Sandro veio sozinho para Portugal em 2000. É natural de Brasília. Trabalhou num restaurante, depois numa casa de vinhos, depois na «noite». O jiu-jitsu está em crescimento juntamente com a comunidade brasileira. E Sandro passou a instrutor a tempo inteiro. «Portugal acolheu-me», diz.

in Semanário Expresso

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

a emigração produz sempre grandes histórias de vida, é um facto.

parabéns pelo blogue

8:22 da tarde  
Blogger Ponto Verde said...

Bom trabalho, é um prazer ter o Caparica Futurista nos nossos links,mais que uma retribuição é um reconhecimento.

10:47 da tarde  

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