sexta-feira, agosto 11, 2006

O COSTAPOLIS E A DEFESA DA LINHA DE COSTA


No âmbito do Programa Polis da Costa da Caparica, estão previstas diversas acções de protecção e defesa da linha de costa que, em conjunto com uma ampla rede de acções no local e a jusante, na área edificada e cordão dunar, visam mitigar os problemas derivados do avanço do mar. As obras, a cargo do Instituto da Água (INAG), resultam da existência de uma carência generalizada de areia nas praias, e da sua imersão em preia-mar, a que acresce o encurtamento generalizado dos esporões pela destruição de grande parte das respectivas cabeças e corpo.

Para a sua realização, está previsto um avultado investimento de 8,2 milhões de euros para recuperar os esporões e aumentar o seu comprimento (nos esporões considerados estruturantes), e a sua acção deverá permitir travar a erosão costeira, através da acumulação de areia nas praias, evitando que a ondulação incida directamente nas dunas. A finalizar, está previsto o reforço da areia nas praias, através de um enchimento artificial de cerca de 1 a 2 milhões de metros cúbicos de areias retiradas de zonas já identificadas pelo Instituto Hidrográfico para este efeito e/ou em dragagens da Administração do Porto de Lisboa; e ainda, no âmbito dos diversos Planos de Pormenor previstos para esta área, a replantação de espécies vegetais no cordão dunar de modo a diminuir ao máximo a acção dos ventos na movimentação da areia. A pertinência das obras e medidas de defesa desta área do litoral são incontestáveis. A existência de um aglomerado populacional em risco, as mais valias criadas na área adjacente ao mar, a elevadíssima afluência e usufruto destas praias e o impacto imprevisível que a sua não utilização teria nas restantes praias da AML, são factos por si só justificativos da tomada de medidas.

P.S. - A partir de um estudo por mim realizado, achei pertinente colocar parcialmente o seu conteúdo neste blog de forma a poder elucidar melhor os caparicanos, e não só, acerca dos problemas que nos afectam. E, quanto a mim, este é decerto o mais gravoso de todos.