quinta-feira, março 22, 2007

CLUBE DE CAMPISMO DE LISBOA



O agora alagado Clube de Campismo de Lisboa é por estes dias tema de conversa em todo o país, após a sua destruição ter sido filmada em directo e de todos os ângulos possíveis pelos jornalistas sedentos da tragédia mais próxima.
A verdade é que toda esta humilhação pela qual a Costa passou este Inverno, poderia muito bem ter sido evitada caso a Câmara Municipal não tivesse implementado na Costa uma política altamente lesiva dos interesses do turismo local, com a colocação de sucessivos Parques de Campismo/Refugiados em plena duna e mata. Além de pouco ou nada trazerem em termos económicos, delapidaram as protecções naturais ao avanço lógico e natural do mar.
Como se isso não bastasse, a iluminada direcção do CCL teve a ideia de avançar com o perímetro do seu acampamento alguns metros, permitindo as situações caricatas que se verificaram este Equinócio, com construções de areia, valas medievais e canais de drenagem "holandeses" para proteger algo que, muito sinceramente, já devia ter sido destruído há muito.
Não se entende tanta displicência. Já quando o Bar Búzio estava em risco de ruír, fizeram-se obras e mais obras para que, afinal, este acabasse por caír. E quem paga tudo isto ? O contribuínte, que mais uma vez suporta os erros de quem está acomodado ao lugar, não presta contas pelos desastres efectuados e, assumidamente, está-se nas tintas para o dinheiro das instituições que gerem.

terça-feira, março 20, 2007

E TUDO O MAR LEVOU



Nunca a Costa de Caparica desceu tão baixo. As marés vivas do Equinócio de Primavera foram demasiado fortes para as caricatas manobras de diversão efectuadas durante meses pelo INAG. O Oceano é que não foi em cantigas..
Mas sejamos sérios, o que foi afinal destruído ? Dois bares de praia e um Parque de Campismo, este último uma cópia chique dos Campos de Refugiados da ONU em Darfur. É inadmissível que os responsáveis políticos continuem a proteger indefinidamente ocupações humanas que não têm razão de existir. Se fôr o caso, paguem-se as indemnizações mas ao menos evita-se este espectáculo mediático ultra desprestigiante para a cidade!
A Exma. Presidente da Câmara de Almada continua sem dar a cara, como se o problema fosse no Barreiro ou na Moita. Não! É em Almada, numa área que deveria ser ex-líbris do Concelho e por consequência protegida a todo o custo. Muito pelo contrário, Maria Emília persiste a sua política prepotente de gastar todo e qualquer tostão na betonização da cidade de Almada e arredores.
O Presidente do INAG continua a efectuar obras com prazos de validade de 5 e 10 horas, cuja orçamentação valeria 3 ou 4 estudos que colocassem um fim a esta demência que é a constância de acções que destabilizadoras em absoluto da dinâmica marinha na zona. E de referir o crime e a mentira efectuadas por este senhor e seu instituto, ao afirmar que as areias para a realimentação artificial das praias viriam das dragagens do Porto de Lisboa. Apenas 1/6 vem por esta via!!!!! Lembraram-se afinal que é muito dispendioso desta forma, daí a opção para os restantes 5/6 ser actualmente escavacar por completo a duna secundária existente a montante do paredão. Quando esta areia fugir para o Oceano em Outubro, que faremos? Bonito serviço !
Quanto ao Polis, é hilariante verificar que as obras do dia de hoje, no PP da Mata de Santo António, se resumiram a afastar a água que entrou pelos rombos no paredão de S. João, por via de canais à lá Países Baixos. Mais um investimento em vias de ir por água abaixo, ainda não este ano mas pelo andar da carruagem dentro de 1 ou 2.
Mau demais para ser verdade.