sábado, janeiro 20, 2007

BLOG DE FÉRIAS

O Caparica Futurista está oficialmente de férias no estrangeiro, reabrindo em Fevereiro com novas ideias para a nossa Costa.
A todos os melhores cumprimentos!

sexta-feira, janeiro 12, 2007

O POLIS EM MOVIMENTO !

Foi adjudicada mais uma empreitada, desta feita contemplando a requalificação da zona central da Costa de Caparica, entre a Praia do Norte e a Nova Praia. As obras devem arrancar no próximo mês de Fevereiro, para estar concluída no final de 2008. A assinatura do contrato, no valor de 21,7 milhões de euros, deverá ser feita até ao final do mês de Janeiro. Esta é uma «obra emblemática», porque vai permitir uma «nova etapa» do programa de requalificação da frente ribeirinha da Caparica salienta Fonseca Ferreira, presidente da CostaPolis. A obra das Praias Urbanas abrange uma área de 39,5 hectares e prevê transformar a faixa entre o mar e a Avenida Humberto Delgado num novo espaço de recreio e lazer, tendo também como objectivo a consolidação ambiental e paisagística das áreas de mata e dunas.

É no mínimo desconfiável este anúncio, pois já todos os caparicanos estão escaldados com tamanho adiamento de um programa que supostamente estaria finalizado, o mais tardar, em 2006. Até agora, nem 1 (!!) dos sete planos de Pormenor está finalizado e, o único onde até agora começaram as obras, continua envolto em polémica - bairro social á beira-mar ?
«Em termos psicológicos é importante que esta obra arranque», disse Fonseca Ferreira, Presidente do CostaPolis ao jornal «Público», lembrando que «tudo o que implica planos de pormenor demora muito tempo e, no caso da Costa de Caparica, tiveram de ser elaborados sete planos de pormenor».
Após o escândalo das obras, remendos e trapalhadas para defesa (?) do litoral, vem agora o Sr. Presidente do CostaPolis espalhar o arco-íris da felicidade na "pessoa" deste novo plano que continua sem se saber como irá ser posto em prática, tendo em conta a situação de risco em todo o cordão dunar. E, como já é hábito, o sacudir da água do capote com a balela dos "7 Planos de Pormenor que demoram muito tempo". Em todo o país foram elaborados dezenas de PP's no âmbito do Polis, contudo só aqui é que se verificaram atrasos destes. Afinal, o problema é de quem ?
Final de 2008. Cá estaremos para ver se, até essa data, tudo estará finalizado. Haja esperança!

segunda-feira, janeiro 08, 2007

PS QUER ERRADICAR BARRACAS NA COSTA - SAIBA COMO !

As três décadas de poder autárquico comunista em Almada têm sido danosas para o Concelho e, em particular, para os interesses da Costa de Caparica. Maria Emília tem gerido a Câmara com mão de ferro e imposto uma ditadura do betão que praticamente não poupou nenhuma zona. Embora seja condenável a actuação comunista, atentem às declarações em Dezembro último do líder da oposição socialista na Costa em relação à favela por baixo da arriba fóssil, junto à via rápida, ou como o PS apelida - "o novo cancro social da Costa de Caparica".
“Todos os dias nascem barracas como cogumelos junto à Arriba Fóssil, em área protegida e em terrenos da Câmara Municipal de Almada”, denuncia Ricardo Martins, da oposição socialista da freguesia da Costa de Caparica. Trata-se de um “novo cancro social que está a ganhar dimensões dramáticas” e onde “cresce um mercado de droga que em breve poderá ser o maior da margem sul”.
Até aqui tudo bem.

São sobretudo africanos, mas também imigrantes do leste e muitos ilegais, que residem “sem qualquer tipo de condições e higiene” nestas “favelas das Terras do Lello e das Terras do Abreu”, do lado esquerdo da via rápida., frisa Ricardo Martins. Uma situação “sem solução à vista”, que se tem vindo a agravar “nos últimos dois anos” e que “não casa com a vocação turística que se pretende para a Costa”, garante Ruben Raposo, presidente da concelhia do PS de Almada.

Não poderia estar mais de acordo!

O problema, admite Ruben Raposo, deve-se à “permissividade e incapacidade de intervenção por parte da autarquia almadense”. Mas a Câmara de Almada garante que a intervenção em construções ilegais “faz parte do trabalho diário da fiscalização municipal e das forças policiais” e que o programa de realojamentos “tem vindo a ser executado e prossegue em 2007, abrangendo as situações recenseadas”.
Fiscalização ? Deve ser para rir..Mas passemos à frente.

Os socialistas pedem o “realojamento dos cidadãos que vivem nesse bairro, mas também que as autoridades reprimam as ilegalidades”. No entanto estão contra os 144 fogos previstos no âmbito do Polis para a Mata de Santo António, uma zona que querem apenas como “espaço de lazer”, admitindo também que esses fogos são “insuficientes para a dimensão do problema”, até porque existem outros bairros degradados, como o Bairro do Marcelino e o bairro cigano da Rua do Juncal, onde vivem centenas de famílias.
Insuficientes ? O dinheiro dos nossos impostos dá pra tudo. Só não dá para as nossas casas - i.e., para quem paga realmente com impostos. Agora atentem...

Propõem por isso a “urbanização da faixa de terreno que vai da via rápida à Ribeira da Foz do Rego, de acordo com o Plano Director Municipal”, onde se construiriam “edifícios de habitação social integrados num conjunto de outros edifícios a construir por privados”.

Em plena Paisagem Protegida, numa das pouquíssimas faixas de terreno minimamente salvaguardadas do betão e que se mantêm com predominância agrícola, os Srs Ricardo Martins e Ruben Raposo do PS pretende construír uma mega gueto para todos quantos caibam nas favelas improvisadas da Costa, a reboque da "construção privada" que nunca é demais para esta nossa classe política. Será que para o Sr. Dr. Ruben Raposo blocos de apartamentos em série casam com a tão propalada vocação turística da Costa ?
As declarações prestadas são do mais absurdo que tenho ouvido e é de arrepiar o facto de pessoas com esta linha de pensamento terem sido os principais candidatos da oposição nas últimas autárquicas em Almada e na Costa, respectivamente. Lamentável !

ESTORIL/CASCAIS VERSUS COSTA DE CAPARICA



A Linha do Estoril/Cascais tem sido constantemente privilegiada no contexto da AML em termos de investimentos e desenvolvimento turístico, em detrimento de outras áreas com igual ou maior potencial.
Escola Superior de Hotelaria e Turismo, Hoteis de luxo, Centros Comerciais, Acessibilidades, Casino, Marina, etc. - tudo isto está presente na "Linha", com os bons resultados económicos, sociais e demográficos que se sabe.
Embora questões históricas, sociais e até naturais possam explicar a razão de ser desta aposta, é inegável que em termos balneares o potencial da Costa de Caparica é bastante superior.
Na Costa existe um único Hotel de qualidade (!!) e poucos ou nenhuns equipamentos de animação que façam valer a pena aos turistas permanecerem mais que uma tarde. Restaurantes de qualidade são muito poucos. Bares de praia são invariavelmente amadores e insalubres. Proliferam Parques de Campismo. Em termos de acessibilidades, mantém-se a Via Rápida automóvel como única alternativa. A Paisagem urbana é desoladora.
Pela sucinta análise feita, concluímos que a Linha do Estoril/Cascais é a área balnear de excelência para um segmento turísitico de qualidade, enquanto a Costa se mantém a praia do turista pé descalço e dos "brasileiros". É inegável que os investimentos num e noutro lado são demasiado dispáres, sempre com prejuízo para a Costa.
É um potencial desaproveitado e que continua adormecido à sombra de investimentos públicos e privados que acabam sempre nos mesmos sítios.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

REFORÇO DAS DUNAS CUMPRE OBJECTIVO ?

A situação é grave. Mais cedo do que se esperava, a areia depositada há 3 semanas desapareceu quase por completo. Uma enorme vala subsiste e alarga-se no local adjacente ao Bar Búzio, existindo em redor várias provas da fúria das marés que até bocados do paredão arrancou.

Foram anos a fio de incúria e desleixo para com a Costa de Caparica, área turística de excelência da Área Metropolitana de Lisboa, votada a uma estranha secundarização que se reflecte em praticamente todos os quadrantes. O colapso parece iminente e, caso não sejam tomadas medidas sérias e objectivas, todo o terceiro mundismo que envolve parques de campismo para o turista pé descalço, bairros blindados do mar por betão e bares de praia pelo mar adentro, pode vir a desaparecer brevemente - a bem ou a mal.

As obras em curso assemelham-se a uma muralha de areia construída por crianças no Verão, com camiões a apressarem-se a depositar areia antes que uma nova onda chegue e arrase tudo. Amadorismo atroz é pouco para apelidar uma obra que de científica não tem nada, lançando ao (m)ar centenas de milhares de euros que não passam de cosmética para as televisões verem.

Serão 3 meses aflitivos. Até Março, prevê-se que as marés e ondulação atingam altos níveis de violência e causem ainda mais estragos. O Parque de Campismo do INATEL encontra-se evacuado - i.e., as roulotes recuaram 50 metros - e alguns bares de praia estão perto de serem engolidos. Entretanto, o INAG continua a tratar desta problemática como se de uma brincadeira de praia se tratasse. Uma brincadeira muito cara...

terça-feira, janeiro 02, 2007

REFORÇO DAS DUNAS DESTRUÍDO EM SÃO JOÃO DA CAPARICA

O inevitável aconteceu. Talvez mais cedo que o previsto, o cordão dunar de São João da Caparica entrou novamente em ruptura após a destruição das obras de reforço efectuadas há sensivelmente três semanas.

Mais uma vez ficou patente a incompetência do INAG, entidade que projecta obras complicadíssimas em cima do joelho, num âmbito localizado e sem ter em conta o ambiente e dinâmica envolventes. Foram mais 300.000€ em remendos dunares, a juntar aos milhões entretanto já gastos em obras de protecção do litoral, e que poderiam eventualmente ter sido (bem) aplicados num estudo que de uma vez por todas clarifique e identifique quais os factores indutores do avanço do mar na Costa de Caparica e qual a sua importância. Só com um bom e detalhado diagnóstico se poderão eventualmente definir estratégias e acções concretas com vista à resoluçao desta séria ameaça.

Continua-se a tratar o território como se cada cidade, freguesia, vila ou lugar fosse uma ilha desligada de tudo o resto. Neste caso, a influência chega até às barragens espanholas do Tejo, primeiras retentoras de sedimentos que eventualmente e sem qualquer intereferência, chegariam naturalmente ao Estuário do Tejo e recarregariam as praias da Caparica.

Prevê-se que até ao Verão muitos milhares - quiçá milhões - sejam gastos em remendos e protecções inconsequentes que aguentem por uns tempos as investidas do mar. É um sério aviso para a milagrosa recarga artifical das praias - panaceia para todos os males - que tem data prevista de realização para Março do corrente ano.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

RETROSPECTIVA DE 2006

Mais um ano se passou, muita coisa aconteceu.



Em termos Mundiais, a discussão acerca do aquecimento global perdurou e intensificou-se. Al Gore, com o seu documentário, deu uma pedrada no charco e sensibilizou sobremaneira o Mundo para esta problemática. Trata-se acima de tudo de uma disfunção climática global com um progressivo aumento da temperatura no globo, de cujas consequências são imprevisíveis.
Embora exista uma larga margem para especulação (dando azo por vezes a teorias catastrofistas e alarmistas muito pouco fundamentadas), é indubitável que urge diminuír a agressão ao Planeta Terra por via dos vários tipos de poluição.

Portugal mudou um pouco. Somos hoje em dia um país moderno, mas com os mesmos vícios de sempre. Descoordenação, falta de cooperação, rivalidades, incompetência, corrupção e nenhum pragmatismo. Falta visão, dispensa-se a burocracia e existem demasiadas entidades responsáveis pelo ordenamento do território. O Simplex e o PRACE são benvindos mas insuficientes.
Turisticamente falando, foi mais um ano positivo para Portugal. Continuou a tendência de subida, tanto ao nível da ocupação como das receitas. A qualidade dos serviços e da oferta é consideravelmente superior, embora seja necessário subir alguns patamares para nos diferenciarmos de destinos "baratos" como o Brasil, Norte de África e até Espanha.
A Costa de Caparica teve um ano positivo e negativo.
Positivo porque se criaram condições para desmassificar um pouco o turismo balnear e, por outro lado, internacionalizar-se a procura com uma maior afluência de turistas estrangeiros.
Negativo, a inconsequência do bem intencionado Polis que não ata nem desata. Ainda a total descoordenação entre actores responsáveis pelo território da freguesia, bem visível na situação caricata que se tornou o avanço do Mar em São João da Caparica. E esta é a ameaça mais séria ao desenvolvimento futuro da Costa de Caparica.